A descentralização das decisões
sobre questões sociais e políticas, aumenta o sentimento cívico da população e
faz parte do sucesso das grandes nações. Esse sistema tem nome: princípio de subsidiariedade.
Nos EUA, por exemplo, as leis
emergem das cidades, após amplas discussões nas câmaras municipais e são
automaticamente assumidas pelo Estado quando mais de 50% das cidades do mesmo
Estado adotarem essa nova lei. Por sua
vez, o Governo Federal proclamará essa mesma lei, após mais de 50% dos Estados
do país adotarem essa nova lei. Tudo isso não quer dizer que uma lei deve ser
obrigatoriamente assumida por uma cidade, pois ela tem autonomia para decidir
se deseja ou não essa lei para sua comunidade.
Esse mecanismo dá a possibilidade
das cidades avaliarem de forma real e parcimoniosa os erros e acertos de uma
nova lei antes de adotá-la e, mesmo com todo esse cuidado, o ser humano na sua
pressa revolucionária, acaba tomando decisões precipitadas.
Um bom exemplo disso está acontecendo
no Estado da California (EUA). Após a aprovação da produção e consumo da
maconha por motivos recreativos a demanda aumentou exponencialmente e a oferta
legal do produto, sendo obrigada a cumprir todas as regulamentações (embalagem,
especificações técnicas, cuidados sanitários, etc.) teve seu custo final inflacionado,
abrindo as portas para a venda da maconha ilegal por parte de traficantes, resultado
em violência, assassinatos, etc.
Se com todos os cuidados do princípio
de subsidiariedade ainda ocorrem erros, imaginem no Brasil, onde infelizmente,
iluminados dos 3 poderes de Brasília, se acham capazes de decidirem o destino
dos mais de 5 mil municípios sem sair de seus gabinetes, sem conhecer a realidade
do povo brasileiro.
Bolsonaro em sua campanha prometeu
“mais Brasil e menos Brasília” pregando a descentralização dos recursos para
acabar com as demandas dentro de ministérios.
A CNM (Confederação Nacional dos
Municípios) vive em batalha para fazer com que os municípios tenham mais
recursos, porém, ambos desconhecem um preceito simples: Na política dinheiro
não gera poder, mas poder gera dinheiro!
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