Desde o início das eleições de
2016 nos Estados Unidos, Donald Trump lançou guerra contra a mídia tradicional,
acusando-a de ser de esquerda, e por isso, investiu e ainda investe muito tempo
e energia nas redes sociais.
Bern Sanders, candidato de
esquerda dos Estados Unidos, com o mesmo argumento de ser esquecido e maltratado
por essa mesma mídia, acaba de criar um programa nas redes sociais de muita
qualidade técnica, o “Hear the Sanders”, traduzindo, ouça o Sanders.
Apesar do amor platônico da mídia
americana pelas famílias Clinton e Obama, a partir desses discursos e atitudes
temos ainda dificuldade de entender para que lado ela pretende ir em 2020.
Aqui no Brasil essa situação
parece mais clara!
Bolsonaro desde as eleições tem
relação conflituosa com a mídia tradicional, sempre a acusando de ser de esquerda.
O PT e os partidos da esquerda
sempre acusaram a mídia tradicional de ser elitista e, sob a alegação falsa de
democratização da mídia, o PT vem há muito tempo tentando emplacar o chamado
Controle Social da Mídia, uma forma subjetiva de ter controle estatal e total sobre
ela.
Diante desse impasse, começamos
aqui no Instituto IBESPE a realizar o estudo de Agenda Setting. O que vem a ser
isso?
Agenda Setting é um estudo criado
por dois professores universitários americanos, McCombs e Shaw, que através de
hipóteses, mostraram que as notícias veiculadas na mídia podem não determinar o
que o povo pensa, porém, podem fazer com que ele discuta sobre a notícia.
Resumindo, a mídia tem o poder de
mexer de forma metódica com as opiniões das pessoas.
Como já falei em outro
comentário, através de nossas pesquisas sobre hábitos de consumo de mídia,
notamos que 62,7% das pessoas se informam mais pelos meios tradicionais (TV,
Rádio, Revista, Jornal e pelos portais de notícias) contra 36,9% que dizem se
informar pelas redes sociais (Facebook, Whats App, Instagram, Youtube e
Twitter).
Outro dado importante, e é aqui
que os políticos devem ter muita atenção, é com relação ao grau de confiança no
meio de comunicação. TV, rádio, revista e jornal impresso têm grau de confiança
de 71,2% do público contra 19,7% das notícias veiculadas na internet, redes
sociais e Whats App.
Nossos estudos mostram que, a
partir do início de junho, houve uma maior exposição direta e indireta de
Luciano Huck nas grandes revistas e jornais do Brasil, por exemplo, com elogios
de economistas renomados como no caso de Armínio Fraga nas páginas amarelas da
Veja.
Seu programa de TV continua com
grande audiência e com perfil que agrada ao eleitor médio e o seu movimento, o
RenovaBR está a todo vapor!
A mídia tradicional parece
começar a testar o seu candidato e Luciano Huck tem o perfil liberal na
economia e progressista nos costumes, atendendo a agenda do eleitor médio de
direita e dos eleitores de esquerda, ou seja, da mídia tradicional.