Nos últimos meses estamos
acompanhando intervenções rotineiras do Judiciário sobre o Governo de Jair
Bolsonaro.
Por ser em esfera federal, esses
atos extraordinários do judiciário têm maior repercussão, porém, desde a
promulgação da Constituição de 1988, todos os Estados e Municípios vêm sofrendo
com intervenções absurdas e arbitrárias do judiciário com pouquíssimas
possibilidades de argumentação.
Do cancelamento de projetos que
poderiam resultar em mais recursos e empregos para as municipalidades, até a
obrigação de entregar medicamentos excêntricos sem respeitar os limites
orçamentários, os Ministérios Públicos, vêm “governando” as cidades sem a
anuência dos eleitores.
O Instituto IBESPE, preocupado
com essa situação realizou pesquisa com 600 gestores públicos brasileiros –
Prefeitos e Secretários Municipais – e o resultado é alarmante! 51% deles
afirmam que o judiciário invade totalmente a competência do executivo
municipal; 27% dizem que o judiciário invade parcialmente; 14% não quiseram
responder e apenas 8% afirmaram que não há invasão do judiciário nas
competências do executivo.
Poucos são os Promotores Públicos
que reconhecem a sua incapacidade de conhecer todos os assuntos da gestão
pública e não há uma linha sequer na Constituição Federal que autorize essa invasão
nos outros poderes, porém, o que vemos é o apoio ignorante da população, os
aplausos da grande mídia e a postura acovardada dos poderes Executivos e Legislativos
Federal, Estaduais e Municipais para colocar fim a essa situação para
tentarmos, enfim, convivermos em uma república.
A Constituição de 88 deu maiores
poderes às instituições judiciárias do Brasil, o que é louvável se esquecendo,
porém, de que elas são formadas por pessoas que têm ideologias, interesses políticos
e financeiros e fica cada vez mais claro que as intervenções do judiciário são
baseadas em percepções pessoais e políticas e não técnicas e republicanas.
Vivemos em pelo “Supremismo”, ou
seja, vivemos em uma ditadura do Supremo Tribunal Federal e do judiciário
politizado. Os exemplos são muitos, tais como a decisão do Ministro Alexandre
de Moraes do STF que barrou rapidamente a nomeação totalmente legal do Delegado
Alexandre Ramagem para Diretoria-Geral da Polícia Federal e em compensação, não
emitiu nenhum tipo de comentário contra a nomeação do Deputado Fabio Faria para
o Ministério das Comunicações, mesmo pesando contra ele a suspeita de ser um
dos citados na Operação Lava-Jato.
O Congresso Nacional precisa
urgentemente reformar a estrutura judiciária do Brasil! A forma de escolha e a
vitaliciedade do cargo no STF, por exemplo, causa danos a sociedade.
O ex-ministro José Dirceu expôs
de forma clara como e porque os Ministros do STF foram escolhidos durante os
governos do PT. Todos tinham visão ideológica progressista e se comprometeram a
defender as bandeiras da esquerda brasileira, mesmo estando em um país
majoritariamente conservador. Pra você ter uma ideia de como o processo foi e é
tão antirrepublicano, Dirceu fala hoje abertamente que o Ministro Fux, buscando
o apoio do PT e dos políticos para ser escolhido para o STF, se comprometeu em
livrar todos os envolvidos no processo do Mensalão caso fosse nomeado no STF.
O Executivo e o Legislativo
precisam exigir logo a independência e a devida harmonia entre os poderes para
realmente vivermos em uma democracia, pois dá forma que está, com um judiciário
protagonista e exposto nas redes sociais, a população tentará impor esses
limites da pior forma possível.
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