segunda-feira, 18 de maio de 2020

A AIDS e o COVID-19

Aumento de casos de AIDS no Brasil alerta para esquecimento da doença


A Aids surgiu no Centro Oeste da África no início dos anos 80 e logo se espalhou pelo mundo matando mais de 50 milhões de pessoas, entre elas ícones nacionais e mundiais, tais como Cazuza e Fred Mercury.
Apesar do cuidado e determinação de todos os agentes de saúde e cientistas do Brasil e do mundo, só no ano de 2020 tivemos até agora 634 mil óbitos por causa do HIV, o dobro do número de óbitos do COVID-19 (315 mil).
Hoje em dia temos 41 milhões de pessoas infectadas com o vírus da Aids no mundo, número quase 10 vezes superior aos infectados pelo Coronavírus (4,7 milhões de pessoas) e, enquanto não temos a cura definitiva da Aids, já tivemos 1,9 milhões de pessoas recuperadas do COVID-19.
O Brasil se tornou referência no tratamento da Aids reduzindo a velocidade de disseminação do vírus HIV através da distribuição gratuita de medicamentos e de preservativos e adotando campanhas educativas permanentes.
Enquanto qualquer brasileiro pode ir a uma unidade de saúde pública e realizar gratuitamente um exame para saber se tem ou não o vírus HIV, exames de COVID-19 são comercializados por quase R$ 500!
O que podemos notar é que mesmo diante de toda essa mortalidade e gravidade da Aids em comparação com o COVID-19, em quase 40 anos de combate a essa doença, os governos não obrigaram as pessoas a viverem de acordo com as suas determinações, não invadiram a individualidade das pessoas, empresas não quebraram e não tivemos um oceano de dinheiro público sendo desviado pela classe política.
O desrespeito das autoridades em relação a população, seja no seu direito constitucional de ir e vir, seja no seu direito de liberdade de escolha em ser tratado pelo medicamento que algum médico entenda como eficaz, faz com que a população a cada dia que passa, desconfie ainda mais das reais intenções das autoridades no tratamento dessa questão.
A politização da doença na Organização Mundial de Saúde, na mídia do Brasil e do mundo e a insistência em não substituir as medidas restritivas severas pelo fortalecimento de medidas educativas, faz com que a solução do problema fique cada vez mais longe e muito mais lucrativo para alguns.
Por causa da pobreza de espírito de muitos governantes, o mundo certamente empobrecerá por causa das medidas adotadas e teremos mais mortes.
Ao final de todo esse drama tenho certeza que todos perceberão que mais letal do que o Coronavírus e do que o vírus HIV, é o vírus do egoísmo, que coloca projetos de poder e dinheiro acima da vida das pessoas.  

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