O Regime Militar, desde a sua
concepção, focou no combate às guerrilhas armadas que desejavam implantar uma
revolução comunista no Brasil deixando de lado o enfretamento mais importante contra
o comunismo, que era em âmbito social, moral e principalmente, cultural.
A teoria da Panela de Pressão do
General Golbery do Couto e Silva, tinha como princípio asfixiar os movimentos
de esquerda, porém, deixava alguns “pontos de escape”, escancarando as portas
das universidades, do meio artístico e da mídia para a invasão das ideias e
ideais comunistas de forma metódica, realizando uma verdadeira Revolução
Cultural, conforme o filósofo Antônio Gramsci defendia.
O Regime Militar, tecnocrata e
estatista, ofuscou os políticos de Direita da época que eram a maioria e 1985, quando
os civis voltaram ao poder, a esquerda reinava soberana.
De lá pra cá, tivemos 7
presidentes de 4 partidos diferentes, sendo 3 sociais-democratas, um socialismo
light e 1 partido assumidamente de esquerda. A Constituição de 1988 foi
concebida por uma Assembleia Constituinte, formada majoritariamente por
políticos de esquerda e tudo isso ocorreu, em um país com população
majoritariamente conservadora nos costumes e liberal na economia.
Os chamados políticos de direita ficaram
por 30 anos dando foco total no liberalismo econômico, aceitando, porém, que o
governo fosse extremamente intervencionista na economia e nos costumes, aceitando
a agenda cultural da esquerda, chegando ao ponto de terem vergonha de se
autodenominarem, de Direita.
A maioria silenciosa do Brasil,
como a grande maioria das sociedades ocidentais, fundamentada na moral
judaico-cristã, no direito romano e na filosofia grega, foi às ruas e uma nova
realidade apareceu no Brasil, finalizando com a eleição de Jair Bolsonaro para
Presidente da República, um político sem muita convicção no liberalismo
econômico, mas assumidamente, conservador nos costumes.
Desde o período eleitoral Jair
Bolsonaro sofre quase que diariamente diante de uma oposição metódica de grande
parte dos políticos, do meio artístico e da mídia, a todo momento querendo
tirar ele do cargo.
A esquerda sabe jogar o jogo e já
começou a mirar em 2022 com algumas ações táticas, tais como, usar a influência
da cantora Anitta sobre os seus 14 milhões de seguidores, fingindo ar de
ignorância sobre política, mas muito interessada em querer saber sobre o
assunto e o youtuber Felipe Neto, sobre os seus 38 milhões de seguidores,
protagonizando discussões políticas e sendo acariciado pela mídia tradicional,
tudo isso em busca dos corações e mentes dos eleitores mais jovens.
Sua aprovação faz com que ele
continue firme para uma possível reeleição, porém, se a Direita deseja
realmente mudar o jogo, deverá encarar o seu maior desafio: trocar as
manifestações de rua pela ocupação da mídia tradicional, das universidades, do deep
state e transformar a cultura do país.
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