segunda-feira, 20 de janeiro de 2020

O engôdo do DPVAT


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O Brasil é o país campeão mundial em socializar os problemas e culpas individuais.
O Seguro DPVAT é só mais um exemplo.
Você ouvinte, imagine a seguinte cena: João passa no sinal vermelho e atinge de forma brutal o carro da Dona Maria, ferindo de forma grave sua vítima.
João pode até responder criminalmente pelo ato, mas o Estado, se for arguido pelos advogados da Dona Maria poderá enviar até R$ 13.500,00 de indenização para a vítima.
Esse é o seguro DPVAT, um imposto obrigatório pago por todos para resolver o problema individual de alguns, criado por outra pessoa física.
A questão central é tentar entender porque todos devem pagar pela irresponsabilidade ou imprudência de algumas pessoas sob o lindo nome de “proteção social”?
Porque João, que ocasionou o acidente em Maria não responde civil, criminal e financeiramente pelas sequelas de Maria e pelos gastos ocasionados ao Estado, tais como os custos do atendimento no Sistema Único de Saúde?
Quando falamos em proteção social muitos imaginam que esse imposto foi criado durante os governos sociais democratas, mas não! O DPVAT foi criado em 1966, durante o Regime Militar!
Se naquele momento histórico havia boas intenções na criação desse imposto, 44 anos depois ele é apenas mais uma fonte de renda para a manutenção dos privilégios da Ilha da Fantasia, chamada Brasília.
A arrecadação de mais de R$ 2 bilhões por ano faz falta para a manutenção de regalias e cargos comissionados dos 3 poderes.
Ministros do STF que não foram eleitos pelos eleitores e não têm a prerrogativa de administrar o país, bloqueiam a extinção desse imposto, sob a alegação de inconstitucionalidade, porém, os interesses de alguns desses ministros, tais como Dias Toffoli e Luis Roberto Barroso é apenas financeiro, conforme apontou a respeitada auditoria da empresa KPMG.
Brasília, sem exceção, finge entender o que o povo passa, mas faz questão de não viver de forma parecida.
Enquanto nesse início de ano o brasileiro comum se esforça para conseguir pagar suas contas em dia, Brasília pensa nas eleições municipais de outubro.
As manifestações de 2013 passaram a impressão de que o Brasil havia mudado, que os políticos entenderiam os anseios da população, porém, novos governos, novos políticos, nada mudou a forma de pensar da maioria dos políticos, com raras exceções.
Reduzir o consumo da cota parte dos gabinetes é obrigação, mas mais do que isso, fazer com que o Brasil recompense os brasileiros que sofrem para manter suas vidas em comum é uma obrigação ainda maior.

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