sexta-feira, 6 de setembro de 2019

A Renovação dos Partidos

Resultado de imagem para partidos politicos


Na semana passada o meu comentário aqui na Pan foi sobre o crescimento do Partido Novo entre os eleitores médios, que representam a maioria dos eleitores do país, e que esse ar de renovação era um dado muito positivo para o partido e para a política brasileira.
Boa parte dos partidos perceberam a necessidade de realizar uma renovação de sua imagem. Porém, nossas pesquisas mostram que até o momento, o processo cosmético de mudança nos nomes para dar o ar de movimentos sociais ou da logomarca com cores mais vivas e alegres, parecem não terem surtido efeito.
Apesar da elasticidade da moral da sociedade brasileira, a principal mudança exigida pelos eleitores é a rejeição às antigas práticas corruptas da política nacional.
Como é público e notório, todos os partidos são formados por pessoas e que são passíveis de erros culposos ou dolosos. Responsabilizar uma sigla, inanimada, pelo desvio de conduta de um ou mais membros dessa sigla, é totalmente desconexo com a realidade, porém, entendo que essa é uma medida, não de renovação, mas de sobrevivência para os partidos brasileiros.
O MDB, criticado por sua participação em quase todos os governos pós redemocratização e com o consequente envolvimento com casos conhecidos de corrupção, foi além da exclusão do P de partido em sua sigla e na última semana em reunião na região sul do país, mostrou estar disposto a realizar um processo de assepsia moral no partido. A senadora Simone Tebet do Mato Grosso do Sul indicou a direção que o partido pretende seguir, com a possibilidade de expulsão de filiados que foram condenados em segunda instância, conforme descrito no estatuto do partido. Essa ação representaria a expulsão do senador alagoano Renan Calheiros, o que seria um troféu moral do partido em sua renovação.
Já o PSDB, com a ascensão do Governador João Doria e com a eleição do jovem político Marco Vinholi à Presidência do PSDB paulista, busca por um novo posicionamento de sua imagem na cabeça do eleitor.
Com a alcunha de o “Novo PSDB”, o partido social-democrata ameaçou a expulsão do ex-governador de Minas Gerais, Aécio Neves, acusado por vários crimes de corrupção, mas, também na última semana, acabou recuando, o que poderá refletir em algum tipo de rejeição à legenda nas próximas eleições.
Porém, nesse processo de tentativa de mudança da imagem dos partidos, me causa estranhamento a inércia do Partido dos Trabalhadores, o PT.
A insistência em não fazer um mea culpa e não reconhecer os erros de alguns de seus membros, certamente custará muito caro nas próximas eleições.
Nenhum partido consegue vencer uma eleição tendo apenas votos dos seus filiados e simpatizantes.
Para conquistar a maioria dos eleitores, os partidos deverão fazer algo mais, e o PT parece não ter percebido isso.

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