Na semana passada um filme muito
bem elaborado, com pouco mais de 2 minutos, fez defesa enfática do Centro do
espectro político brasileiro.
Com o nome de “Centro, Brasil em
Movimento”, com logomarca privilegiando as cores da bandeira nacional e com
ótimos argumentos, esse vídeo traz algumas ideias de que só ele, o Centro, foi
e será capaz de fazer com que o país caminhe.
De forma subliminar, o vídeo
acusa os espectros mais a esquerda e a direita de todos os males ocorridos no
país e no mundo.
Sem evidenciar quem produziu e
quem financiou o vídeo, ficamos apenas com as impressões de que o Centro, tenta
melhorar a sua imagem para assim, viabilizar-se para 2022.
Estudos aqui do Instituto IBESPE
mostram que os eleitores estão cansados dos agentes políticos sem opinião
formada, seja à direita ou à esquerda, e a imagem do Centro político está muito
desgastada, ligada ao fisiologismo por pender sempre para o lado mais
interessante para sua sobrevivência política.
Em nossos estudos sempre os
partidos mais bem e mal avaliados são os partidos que têm políticos com posições
mais coerentes com suas bandeiras. Os partidos de centro têm pouca relevância
na cabeça do eleitor médio e a falta de bandeiras claras, fazem com que eles
inexistam quando pensamos em soluções para o país.
A grande maioria dos eleitores
votam no político e não no partido! Porém, quando o político tem imagem clara
de sua ideologia, acaba trazendo a reboque o reconhecimento de seu partido ao
eleitor. Foi assim que renasceu o PSL e agora nasce o Aliança pelo Brasil.
Precisamos deixar claro que desde
a redemocratização do país, o Centro, é a principal força do Congresso Nacional
e por esse motivo, todos os bons e maus resultados tiveram participação
fundamental desses atores.
A Lei de Duverger, criada pelo
sociólogo francês, Maurice Duverger, demonstra que o sistema eleitoral
majoritário, conduz a um sistema bipartidário, enquanto o de representação
proporcional leva a um sistema multipartidário.
Em seu livro Os Partidos
Políticos de 1951, Duverger, defende e prova que não existe o espectro central
na política, pois os seres humanos sempre têm convicções que podem pender a um
lado ou outro. Ninguém consegue ser 100% centro!
Vaticinei em 2014, em meu texto intitulado
“O Pêndulo Social”, que a hegemonia de 30 anos da esquerda na economia, na
cultura, na imprensa e também na política teriam um sério revés, e que a sociedade
brasileira, majoritariamente conservadora nos costumes e liberal na economia, optaria
por um candidato em 2018 que seria do espectro diametralmente contrário à
esquerda, ou seja, o pêndulo social sairia da Esquerda, passaria voando pelo
Centro, até encontrar o candidato ideal à Direita.
Concordando com Duverger e me
baseando por todos os nossos estudos sobre o tema, tendo a dizer que o Centro,
sem convicção e sem opinião, continuará sendo apenas coadjuvante de boas e más
ideias e quando agir de forma fisiológica, continuará sendo apenas o mal falado
Centrão.
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