Com ares de pré-candidato à
Presidência da República em 2022, o Presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo
Maia, anunciou no dia 19 desse mês uma nova agenda legislativa, com foco no
desenvolvimento social do país.
Conforme sua declaração, a
intenção é propor uma série de medidas visando o combate à pobreza e a
desigualdade entre as classes.
Essa agenda de desenvolvimento
social terá 5 eixos: garantia de renda, inclusão produtiva, rede de proteção ao
trabalhador, incentivo à governança responsável com uma Lei de Responsabilidade
Social e promoção de acesso à água e ao saneamento.
Maia sofre da mesma doença
incurável da grande maioria dos políticos brasileiros e mundiais que acreditam
que só eles e suas canetas azuis são capazes de transformar o mundo e as
pessoas.
Eles se esquecem que quem
sustenta o castelo dourado em que vivem são milhões de trabalhadores e empresas
que trabalham 24 horas por dia para tentar levar uma vida digna, enquanto, em
Brasília, por exemplo, se concentram riquezas pessoais e de castas
privilegiadas da República.
Garantir renda através do Estado
só será possível se o Estado reduzir o seu tamanho, ou seja, se o fundo
partidário bilionário, por exemplo, deixar de existir. E se Ministros do STF
tiverem menos regalias e tantos outros benefícios, para quem sabe assim, sobrar
um pouco para quem não tem.
Se Maia tem a intenção de promover
proteção ao trabalhador, basta deixar de intervir no relacionamento entre trabalhadores
e empresários. Ambos têm os mesmos objetivos: viver de forma digna. Cada vez
mais temos empresários com menos dinheiro e o número de desempregados insiste
em reduzir lentamente.
E o que seria afinal uma Lei de
Responsabilidade Social? Empreendedores e trabalhadores, se têm a intenção de
ajudar o próximo, não precisam repassar dinheiro ao governo para que ele,
depois de toda a cara burocracia estatal, indique o seu destino! Esse
certamente é o “pedágio” mais caro do mundo!
Maia não deve saber, mas cada vez
mais as empresas adotam o Capitalismo Consciente e cada vez mais os brasileiros
fazem o que o governo deveria fazer em todas as áreas, principalmente no
social.
Ao falar sobre promoção ao acesso
a água e ao saneamento básico, Maia deveria se ruborizar! A vergonha de termos
metade da população vivendo em condições degradantes e insalubres não parece
ter chamado a atenção de Maia em seus 30 anos de atuação política.
Maia é um político muito
experiente e inteligente e, todas as atitudes tomadas por ele são muito bem pensadas.
Passar a coordenação dessa agenda social para a jovem deputada Tábata Amaral de
São Paulo deixa clara a intenção de trazer ares de novidade e credibilidade ao seu
projeto. Tábata tem uma bonita história de vida e tem uma imagem de serenidade
e seriedade e na minha opinião será usada para um projeto maior de Maia.
A busca por protagonismo no
ambiente político e a necessidade de ter soluções sensacionais com o dinheiro
público atrasam casa vez mais o país e, medidas como as propostas por Maia não
resolvem as desgraças brasileiras, mas apenas eternizam a pobreza do Brasil. E Maia
sabe disso!
Por isso, não precisamos ser
muito inteligentes para notar que algo está por de trás das boas intenções do
Presidente da Câmara em um momento em que as cobranças aumentam contra o
judiciário e aprovação de leis que vão contra a impunidade no Brasil têm tanta
evidência.
Mais uma vez, uma causa nobre
será usada para uma causa podre!
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