No dia 12 de dezembro, o Partido
Conservador do Reino Unido conquistou 364 cadeiras no Parlamento Inglês, 38 a
mais do mínimo necessário para aprovar suas medidas. Essa foi a vitória mais
expressiva dos Conservadores nos últimos 40 anos. Em compensação, o Partido
Trabalhista, seu maior adversário, ficou com apenas 203 cadeiras, o menor
número da história desde 1935.
Esse resultado abre as portas
para a saída do Reino Unido da UE defendido pelo Primeiro-Ministro Boris Johnson
do Partido Conservador.
Mais uma vez, “Especialistas” do
mundo todo confundiram o seu desejo pessoal e ideológico e já anunciavam a
derrota do Partido Conservador, restando a eles agora, a explicação simplista
de que Johnson conquistou votos devido ao seu carisma pessoal.
Eu venho demonstrando há anos que
toda vitória eleitoral está mais ligada a natureza humana do que a qualquer
outro aspecto.
Entender como pensa cada pequeno
espaço de um território, identificar os desejos e as angústias das pessoas por
sexo, faixas de renda, faixas etárias, condensando todos esses dados e depois
minerando-os, usando tecnologia como apoio, mas analisando tecnicamente aos
olhos nus em busca de respostas é o único caminho.
O revolucionário Big Data tenta a
todo momento retirar informações do nosso comportamento digital, onde todos
nós, não somos 100% nós, e por isso, jamais serão capazes de explicar os
desejos escondidos dentro dos corações dos eleitores.
A simples análise do gráfico de
barras de intenção de votos da eleição do Reino Unido demonstrava que
o Partido Conservador tinha grande chance de sucesso!
Enquanto os Conservadores obtinham
mais votos conforme aumentava a faixa etária, os Trabalhistas perdiam, formando
um “X” quase perfeito e, apesar do discurso fácil e estridente da juventude,
pessoas acima de 45 anos têm mais compromissos cívicos e em um país onde o voto
não é obrigatório, isso faz muita diferença.
“Especialistas” não perceberam
que o mundo está ficando mais velho e velhos buscam por equilíbrio, sossego, justiça,
um relacionamento humano estável, aconchego e paz. Muito diferente dos jovens e
pessoas mais velhas que ainda não acharam um sentido para sua vida, que amam a
vida transviada de revolucionários e são capazes de terceirizar esse seu desejo
revolucionário até mesmo para uma garota sueca de 16 anos.
A vitória de Boris Johnson e
tantos outros conservadores em todo o mundo demonstra que o mundo não quer
revolução. Quer evolução!
Conservadorismo não é um espectro
político, mas uma resposta natural dos seres humanos às mudanças propostas por revolucionários
progressistas!
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