terça-feira, 2 de março de 2021

O Público está matando o Privado

 

Nos últimos 30 anos o número de servidores públicos – municipais, estaduais e federais – aumentou em mais de 100%, passando de 5 milhões para cerca de 12 milhões de servidores.

Se na década de 80 o funcionalismo público representava 3,7% da população brasileira, atualmente esse número chega a aproximadamente 6,0%!

Quando analisamos por entes federativos notamos, que nesse mesmo período, o aumento de servidores do Governo Federal foi de 28%, dos Estados 50% e nos municípios, quase 280%!

No quesito aposentados e pensionistas, de acordo com os dados oficiais, temos hoje cerca de 31 milhões de pessoas recebendo seus benefícios previdenciários. O Brasil, conhecido por estar entre os países onde as pessoas se aposentam mais prematuramente, assiste exemplos de pessoas que têm mais tempo recebendo benefício do que de trabalho contribuindo para o sistema previdenciário.

Em se tratando de benefícios, o que dizer do Bolsa Família? Os dados oficiais apontam para 67 milhões de beneficiários!

Em resumo, os números mostram a influência do Estado sobre os brasileiros chegando a absurdos 52,4% da população! Vejamos:

- 12 milhões de servidores públicos (5,7% dos brasileiros)

- 31 milhões de aposentados e pensionistas (14,8% dos brasileiros)

- 67 milhões de beneficiários do Bolsa Família (31,9% dos brasileiros)

Se somarmos a esse grupo majoritário os 54 milhões de jovens abaixo de 18 anos chegamos a 164 milhões de pessoas ou 78,1% dos brasileiros!

A triste conclusão é que hoje, 46 milhões de brasileiros (21,9% da população) busca de alguma forma produzir para que toda essa máquina não pare e é quem mais sofre com as medidas governamentais restritivas durante a pandemia, pagando com o emprego, redução de salário, fechamento de empresas, queda de faturamento, etc.

Ficam aqui alguns questionamentos:

Qual é a contribuição dos 78,1% da população durante esse período?

Houve redução de salário do funcionalismo? Desconto nas aposentadorias? Redução do valor do Bolsa Família?

São questões importantes a serem pensadas quando se for levantar alguma crítica ou punição contra um simples sorveteiro de 35 anos, pai de família, impedido de tentar ganhar o seu sustento na rua.


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