No dia 25 de agosto o TSE decidiu que a partir das eleições
de 2022, os recursos do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC), bem
como o tempo de televisão e rádio da propaganda eleitoral gratuita deverão ser
distribuídos de forma proporcional entre as candidaturas de brancos e negros.
Que resultado podemos esperar dessa nova intervenção do Estado
sobre a sociedade? Podemos aqui fazer um exercício analisando a lei de 1997 que
obrigou os partidos reservarem, no mínimo, 30% de mulheres em suas chapas.
Nas eleições de 1994, três anos antes dessa obrigação, 3
mulheres foram eleitas entre os 70 deputados federais por São Paulo. Nas
últimas eleições, em 2018, tivemos 11 mulheres eleitas! A representatividade
das mulheres entre os deputados de São Paulo passou de 4,3% para 15,7% do total
dos deputados do Estado de São Paulo. Isso parece muito, mas fica a questão:
esse aumento foi resultado da obrigação imposta pela lei ou foi o resultado
natural da evolução da participação da mulher em todos os setores da sociedade,
inclusive, na política, após 24 anos?
O Estado mais uma vez age de forma intervencionista, com
visão progressista, querendo modelar a vida das pessoas e da sociedade e abre
precedentes para que todas as raças solicitem os seus direitos como se o
direito de uma raça estivesse acima do dever de ser brasileiro.
De acordo com o IBGE, no Brasil as pessoas se declaram da
seguinte forma: 42,7% brancos, 9,4% pretos, 46,8% pardos e 1,1% de amarelos e
indígenas.
O PT do Rio de Janeiro, partido da deputada federal Benedita
da Silva, autora do pedido apreciado e aprovado pelo TSE, lançou em 2018, 25
candidatos à Câmara. Em uma hipótese remota, porém, possível, se esse partido
lançar 20 japoneses, de cor amarelo e 5 negros, os brancos teriam direito a
reclamar?
A insistência em querer fazer justiça em canetadas sempre
traz resultados negativos em médio e longo prazo.
O Brasil tem pessoas racistas, mas não é um país racista!
O TSE quando age assim, tentar dividir o país e isso não é
bom!
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