Em 11 de agosto ocorreram na Argentina as prévias eleitorais, conhecidas como PASO. Essa prévia costuma funcionar como termômetro para as eleições oficiais de 1º turno que ocorrerão em 27 de outubro de 2019.
A vitória da chapa formada por Alberto
Fernandéz e ex-presidente Cristina Kirschner sobre a chapa do atual Presidente
Mauricio Macri não surpreendeu, pois, as pesquisas já apontavam a isso, porém chamou
a atenção a diferença de mais de 15 pontos percentuais entre as duas principais
chapas.
A situação quase irreversível traz
algumas lições aos políticos e governantes brasileiros.
Na campanha de 2015 Mauricio Macri
prometeu reduzir a pobreza com um governo com tendências mais liberais dando
assim, um impulsionamento na economia.
Porém, após 4 anos, sua decisão de
investir em grandes obras, principalmente na capital Buenos Aires acabou se
mostrando negativa para a sua reeleição agora em 2019.
Uma frase muito ouvida na Argentina nessa
eleição de 2019 contra Macri é: “Nós não comemos asfalto! ”
A população ainda mais empobrecida,
desempregada, invadida por um número cada vez maior de viciados em crack,
aumento da violência e insegurança e principalmente de pessoas com maior
vulnerabilidade social, trouxeram saudades dos tempos de Cristina Kirscher que
se colocou como vice na chapa de Alberto Fernandéz devido as inúmeras acusações
de corrupção.
Aqui fica uma questão e uma lição:
Como uma população prefere votar em
uma governante que após 4 anos de mandato de seu marido Néstor e 8 anos de seus
2 mandatos, marcados por decisões absurdas, fraude de dados oficiais,
assistencialismo desenfreado, perseguição a imprensa (fez de tudo para fechar o
periódico Clarin!), endividamento do país e por fim, um possível envolvimento
na morte do procurador Alberto Nisman após ser denunciada por ele por encobrimento
de terroristas no caso AMIA?
Entendo que aqui cabe um recado aos
governantes brasileiros e não será nada inédito, afinal, o grande estrategista
político James Carville já havia exposto em 1992 ao então candidato Bill
Clinton em sua frase célebre: É a economia, estúpido.
Pessoas trabalhando se sentem honradas
e querem manter essa situação e logo têm medo de mudanças.
Paulo Guedes já está à frente da
economia brasileira há quase 1 ano e os reflexos precisam aparecer, para assim
acalmar as pessoas e os políticos opositores.
E por falar em asfalto, só a melhora
da economia brasileira será capaz de pavimentar o caminho de Bolsonaro à
reeleição!
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