segunda-feira, 14 de janeiro de 2019
A 1ª semana de Bolsonaro
Em março de 2016, quando Marina Silva liderava as pesquisas com 24%, eu era certamente um dos únicos analistas políticos que indicavam Jair Bolsonaro que pontuava, no máximo 5%, como o pré-candidato com maior potencial de vitória nas eleições de 2018.
Essa minha afirmação era formulada pautada em metodologia científica e histórica, pois desde as manifestações de 2013, o Brasil, em sua maioria liberal na economia e conservadora nos costumes, buscava por alguém com esse perfil. As pautas e o discurso de Bolsonaro eram aqueles que mais se encaixavam com as demandas da maioria da sociedade brasileira.
Achar que a vitória foi o resultado da “simplicidade” da campanha ou a “informalidade” do então candidato é no mínimo desonestidade intelectual, mas isso foi também um tempero positivo para a imagem de Bolsonaro
Porém, governar o Brasil, que é um país complexo e com tantas medidas urgentes a serem tomadas, Bolsonaro deve seguir a cartilha dos grandes líderes da história: Falar pouco, porque o silêncio demonstra sabedoria e ter planejamento nas ações e nos discursos.
A informalidade não deve ser confundida com desorganização!
Por isso, na minha opinião, essa primeira semana de governo de Jair Bolsonaro foi marcada pela falta de sintonia dos discursos e o excesso de egolatria de sua equipe.
A sociedade está cada vez mais feliz nas redes sociais e infeliz na vida real e o meio político parece ter entrado nessa onda.
Bolsonaro deve aproveitar os 6 primeiros meses de seu mandato, ainda com alta popularidade para fazer o que Maquiavel ensinou: “Quando fizer o bem, faça-o aos poucos. Quando for praticar o mal, é fazê-lo de uma vez só.”
Ele deve tomar decisões que possam ter alguma repercussão negativa no momento, mas muito positiva para história.
A oposição e a mídia também devem entender o seu real papel na democracia e buscar discussões mais importantes do que cores e vestidos.
Enfim, a campanha eleitoral acabou e o Brasil precisa trabalhar!
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