segunda-feira, 30 de setembro de 2019

Avaliação de Governo de Santos/SP

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No dia 28.09 foi publicada no Jornal da Orla de Santos uma pesquisa realizada pelo Instituto APPC de São Paulo.
Esse estudo teve como objetivo avaliar os Governos Municipal, Estadual e Federal.
Por estarmos há 1 ano das eleições municipais, vou concentrar meu comentário na aprovação e desaprovação do Governo Municipal da cidade de Santos.
A avaliação do Governo Municipal obteve 8% de ótimo, 32% de bom, 39% de regular, 6% de ruim e 13% de péssimo, ou seja, de acordo com essa pesquisa, 40% dos eleitores da cidade aprovam e 19% reprovam o governo.
Esse é número muito bom para a atual administração municipal! Digo isso, pois até as manifestações de junho de 2013, era comum nos depararmos com avaliações acima de 50%. Quem não se lembra da aprovação de mais de 60% do Governo Dilma Rousseff no início de 2013, que logo após as manifestações despencou para abaixo de 30%?
Atualmente, com tantas restrições orçamentárias e críticas na mídia e nas redes sociais, é muito difícil um Prefeito ter aprovação acima de 30%.
E qual é a importância desse dado no contexto eleitoral?
A avaliação de governo é um dos pilares para uma reeleição ou para eleição do seu sucessor. Porém, temos muitos outros fatores que unidos a avaliação de governo, resultarão no sucesso ou no insucesso nas urnas.
Tentar tirar alguma conclusão com apenas esse dado, seria imprudente da minha parte, mas o Governo Municipal parece iniciar bem o processo eleitoral.
Caberá ao Prefeito Paulo Alexandre Barbosa entender onde sua avaliação não tem padrões positivos e os motivos dessa desaprovação para tentar melhorar ainda mais o reconhecimento do seu governo.
Outra missão será a de entender qual o perfil ideal de prefeito que os eleitores da cidade de Santos esperam para depois buscar em seu grupo, o candidato correto.
Já tivemos na história governos bem avaliados que perderam as eleições por ter um candidato pouco competitivo, como também tivemos casos de governos com avaliações regulares, mas que souberam realizar as estratégias certas para vencerem as eleições.
E os Governos mal avaliados? Esses não ganham eleições, mesmo que tenham um ótimo candidato!
Por isso, cada vez mais, o eleitor busca por gestores que falem menos e façam mais!

segunda-feira, 23 de setembro de 2019

O discurso de Bolsonaro na ONU

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Na terça-feira, dia 24.09.19, Bolsonaro fará o discurso de abertura da ONU.
Essa uma tradição que dá início as discussões desde 1982 com o discurso inicial do também Presidente Militar João Baptista de Oliveira Figueiredo.
Diferente de todos os discursos defensivos realizados de 30 anos para cá, entendo que chegou a hora de termos uma postura mais grandiosa diante das grandes nações mundiais.
Não sou a favor da cisão, da briga ideológicas entre as nações, porém, entendo que chegou o momento de mostrarmos nossa cara.
Somos um país cheio de problemas, mas quem são as nações que cobram do Brasil resultados imediatos para problemas históricos e de difícil solução?
A França passa por diversos problemas causados pela sua própria cultura, criada desde a Revolução Francesa de 1789, onde o Estado deve prover tudo a população. Os coletes amarelos estão quase todos os dias nas ruas protestando contra o Presidente Macron.
O que dizer ao Canadá, que possui um primeiro ministro, Justin Trudeau, maior advogado do politicamente correto do mundo e que vive pedindo desculpas por posturas de 20 ou 30 anos atrás?
E a Alemanha que sofre com a invasão de novos habitantes sem poder contar com a possibilidade de soluções caseiras.
A Itália, com suas indecisões políticas e problemas internos sem solução.
O Reino Unido sem saber se fica ou sai da União Europeia.
O Japão com suas taxas de crescimento cada vez menores.
E os Estados Unidos da América? Um dos maiores produtores agropecuários do mundo e também um dos maiores poluidores do planeta?
Não tenho nesse comentário um surto de nacionalismo! Acho até ridícula essa postura.
E o que dizer da ONU tão preocupada com a eliminação de canudos e sacolas plásticas, enquanto cerca de 3 bilhões do Planeta Terra ainda não possuem saneamento básico.
Aceitar ser avaliado por nações que possuem crescimento cada vez menores e problemas cada vez maiores é uma aberração. A globalização fez com que todos os países tivessem posturas iguais e problemas parecidos.
Não estou aqui para defender a postura de Jair Bolsonaro. Entendo que falta a ele perceber, que mais do que um político, um Presidente da República deve se portar como uma instituição.
Tanto ele, quanto a ONU devem fazer mais e falar menos!

quarta-feira, 18 de setembro de 2019

As hipocrisias da Reforma Política

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A Reforma Política vem avançando no Congresso Nacional, mas com grandes ares de dissimulação por parte dos congressistas.
A primeira hipocrisia apresentada é com relação ao prazo da aprovação do projeto de lei. Para que ele tenha aplicação em 2020, deverá ser aprovado até o início de outubro de 2019. Porém, apesar das discussões ocorrerem, percebe-se a má vontade em aprovar ainda esse ano. Ou seja, a Reforma Política, se ocorrer, será apenas para 2022.
Isso é muito ruim, pois teríamos um grande laboratório com as eleições municipais, podendo ainda realizar correções e melhorias na legislação política para 2022.
Outra hipocrisia que noto é com relação ao financiamento das campanhas. Depois do STF, mais uma vez intervir nas pautas legislativas, proibindo o financiamento privado de campanha, entidades privadas, tais como a OAB, vem discutindo a volta do financiamento privado para campanhas e partidos, com um melhor regramento e punições severas para os desvios éticos.
Não vejo a mínima vontade dos congressistas em acabar com o fundo público eleitoral, pois esse virou uma muleta para os partidos, que são incapazes de convencer filiados e simpatizantes a doarem para sua causa.
Hoje os recursos ficam represados nas mãos dos dirigentes partidários que estão em sua maioria no Congresso Nacional, ou seja, o dinheiro do Fundão, está nas mãos de já quem tem mandato e que manter o seu mandato.
Por fim, outra grande hipocrisia é com relação ao tempo de campanha!
Deputados, sob a alegação da redução dos custos das campanhas, defendem a redução do tempo de campanha, fixando em no máximo 60 dias.
Isso é muito ruim, pois o eleitor precisa conhecer a fundo todos os candidatos para ter sua consciência formada até a data da eleição.
Se tivermos a publicização dos nomes dos pré-candidatos de todos os partidos, através de eleições internas, onde o candidato deverá convencer primeiro seus filiados para depois todos os eleitores seria o ideal.
Com maior tempo de exposição de cada candidato, maior será a chance de conhecermos pontos desfavoráveis deles.
E qual o custo para um debate interno, intra-partidário, que a imprensa certamente pautará de forma gratuita? Nada!
Porém, quanto menor o tempo, melhor será para os candidatos já conhecidos do eleitor médio, ou seja, aqueles que têm mandato continuarem.
Para que a nossa democracia seja realmente plena, devemos ter uma nova legislação política e para isso precisamos ficar vigilantes com esse congresso.

sexta-feira, 6 de setembro de 2019

A Renovação dos Partidos

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Na semana passada o meu comentário aqui na Pan foi sobre o crescimento do Partido Novo entre os eleitores médios, que representam a maioria dos eleitores do país, e que esse ar de renovação era um dado muito positivo para o partido e para a política brasileira.
Boa parte dos partidos perceberam a necessidade de realizar uma renovação de sua imagem. Porém, nossas pesquisas mostram que até o momento, o processo cosmético de mudança nos nomes para dar o ar de movimentos sociais ou da logomarca com cores mais vivas e alegres, parecem não terem surtido efeito.
Apesar da elasticidade da moral da sociedade brasileira, a principal mudança exigida pelos eleitores é a rejeição às antigas práticas corruptas da política nacional.
Como é público e notório, todos os partidos são formados por pessoas e que são passíveis de erros culposos ou dolosos. Responsabilizar uma sigla, inanimada, pelo desvio de conduta de um ou mais membros dessa sigla, é totalmente desconexo com a realidade, porém, entendo que essa é uma medida, não de renovação, mas de sobrevivência para os partidos brasileiros.
O MDB, criticado por sua participação em quase todos os governos pós redemocratização e com o consequente envolvimento com casos conhecidos de corrupção, foi além da exclusão do P de partido em sua sigla e na última semana em reunião na região sul do país, mostrou estar disposto a realizar um processo de assepsia moral no partido. A senadora Simone Tebet do Mato Grosso do Sul indicou a direção que o partido pretende seguir, com a possibilidade de expulsão de filiados que foram condenados em segunda instância, conforme descrito no estatuto do partido. Essa ação representaria a expulsão do senador alagoano Renan Calheiros, o que seria um troféu moral do partido em sua renovação.
Já o PSDB, com a ascensão do Governador João Doria e com a eleição do jovem político Marco Vinholi à Presidência do PSDB paulista, busca por um novo posicionamento de sua imagem na cabeça do eleitor.
Com a alcunha de o “Novo PSDB”, o partido social-democrata ameaçou a expulsão do ex-governador de Minas Gerais, Aécio Neves, acusado por vários crimes de corrupção, mas, também na última semana, acabou recuando, o que poderá refletir em algum tipo de rejeição à legenda nas próximas eleições.
Porém, nesse processo de tentativa de mudança da imagem dos partidos, me causa estranhamento a inércia do Partido dos Trabalhadores, o PT.
A insistência em não fazer um mea culpa e não reconhecer os erros de alguns de seus membros, certamente custará muito caro nas próximas eleições.
Nenhum partido consegue vencer uma eleição tendo apenas votos dos seus filiados e simpatizantes.
Para conquistar a maioria dos eleitores, os partidos deverão fazer algo mais, e o PT parece não ter percebido isso.

segunda-feira, 2 de setembro de 2019

O crescimento do Partido Novo

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Nos últimos diagnósticos realizados pelo Instituto IBESPE, venho notando um aumento considerável do grau de conhecimento e simpatia ao Partido Novo.
Em um oceano de padronização de estatutos, forma de agir, posturas e ideologias, o Partido Novo trouxe grandes novidades que aos poucos começam a ser percebidas pelo eleitor médio.
Seu nome, logotipo, cor, forma de admissão, convergência e coerência de ideias e a clareza de ideologias de seus membros e parlamentares, tudo traz novidades. Seu maior diferencial, porém, é não fazer uso do Fundo Partidário, uma montanha de dinheiro tirada sem anuência da população através de impostos e repassados aos partidos sem a concordância de ideologia com os eleitores.
O Novo realiza várias atividades para buscar recursos para a manutenção do partido. Palestras, jantares, cursos e outras ideias que se unem a cobrança de uma mensalidade de seus filiados no valor de R$ 29,80. Mais do que isso, o Novo é o único partido que na página inicial de seu site solicita doações.
Essa prática de pedir doações a filiados e simpatizantes é muito comum na maior democracia do mundo, os Estados Unidos da América, seja através de site, aplicativos, e-mails ou correspondência. Tudo é feito para sustentar os partidos antes, durante e depois do processo eleitoral sem o apoio estatal.
Com o aumento da onda liberal, o Partido que nasceu de um movimento pensante e insatisfeito com os rumos e o tamanho do Estado vem crescendo em sentido contrário da pirâmide, saindo do topo e chegando aos poucos até a sua base e assim sair muito mais forte nessas próximas eleições.
Se em 2016 o Partido Novo elegeu apenas 4 vereadores em 4 capitais (São Paulo, Porto Alegre, Rio de Janeiro e Belo Horizonte) e nenhum Prefeito, agora com muito mais corpo e candidatos em quase todas as cidades do Brasil, o Novo poderá surpreender.
Na cidade de São Paulo, por exemplo, a possibilidade de ter um candidato a Prefeito, o ex-secretário de Assistência Social, Filipe Sabará, pode mexer no tabuleiro das eleições.
Jovem e com trabalhos muito interesses e de resultados comprovados, Sabará poderá nas eleições de 2020, ser a aposta certa para uma cidade que precisa de novos ares.
Porém, para entrar de forma competitiva em 2022, o Partido Novo precisa repensar suas estratégias. A precariedade de diretórios nas regiões Norte e Nordeste do país é um grande problema, pois política é ocupação de espaços.
Outro desafio será a avaliação minuciosa do potencial de votos de João Amoêdo para presidente da República. Ele sai na frente pelo recall obtido em 2018, porém sua imagem pode ainda não se encaixar corretamente com os desejos da maioria dos eleitores.