As últimas eleições, tanto no Brasil
como nos Estados Unidos, foram marcadas pela grande participação das redes
sociais.
Uma eleição é definida pela conjunção
de vários fatores e por isso, decretar que as redes sociais foram as
responsáveis pela vitória ou derrota dos políticos não é correto.
Muitas empresas especializadas em
marketing digital surgiram no mercado buscando profissionalizar ainda mais essa
ferramenta e hoje em dia, todos os políticos e pretendentes estão nas redes
sociais propagando sua imagem e suas ideais.
Com tanta oferta de imagens e opiniões
de políticos nas redes sociais, precisamos entender qual é afinal o tamanho do interesse
dos eleitores no assunto política dentro das redes?
Para entender essa questão, o
conceituado instituto de pesquisas americano Civic Science, entrevistou 1.600
americanos adultos e o resultado é impactante: 73% dos americanos gostariam que
o Facebook banisse todas as propagandas eleitorais.
Isso mesmo! 7 em cada 10 americanos
querem que a maior rede social do mundo retire todas as propagandas políticas
da plataforma!
Por outro lado, apenas 7% dos
americanos adultos têm interesse em publicações políticas no Facebook.
O que motiva essa rejeição dos
americanos pelo tema política nas redes sociais é o mesmo que vem motivando as
pessoas a evitarem esse assunto pessoalmente. Há um cansaço muito grande das
discussões polarizadas e sem inteligência que o mundo passa hoje.
No Brasil notamos essa mesma
tendência! As pesquisas aqui do Instituto IBESPE vêm detectando que as pessoas cada
vez mais se mostram cansadas das discussões políticas na vida privada e principalmente
nas redes sociais, um local onde as pessoas esperam passar minutos ou horas de
descontração.
Além da falta de interesse no assunto
política nas redes sociais, há também a baixa confiança nas informações
contidas nelas.
A estridência de grupos organizados
traz a falsa impressão ao político de que todo mundo está falando sobre o
assunto, o que percebemos através de pesquisas que isso é engano total.
Certamente, elas ainda terão impacto
eleitoral para alguns candidatos, mas apostar todas as fichas nelas será um
erro crasso e sem volta.