sábado, 30 de maio de 2020

A Direita precisa saber jogar o jogo

Pequim proíbe crianças de jogar videogame durante a noite ...


O Regime Militar, desde a sua concepção, focou no combate às guerrilhas armadas que desejavam implantar uma revolução comunista no Brasil deixando de lado o enfretamento mais importante contra o comunismo, que era em âmbito social, moral e principalmente, cultural.
A teoria da Panela de Pressão do General Golbery do Couto e Silva, tinha como princípio asfixiar os movimentos de esquerda, porém, deixava alguns “pontos de escape”, escancarando as portas das universidades, do meio artístico e da mídia para a invasão das ideias e ideais comunistas de forma metódica, realizando uma verdadeira Revolução Cultural, conforme o filósofo Antônio Gramsci defendia.
O Regime Militar, tecnocrata e estatista, ofuscou os políticos de Direita da época que eram a maioria e 1985, quando os civis voltaram ao poder, a esquerda reinava soberana.
De lá pra cá, tivemos 7 presidentes de 4 partidos diferentes, sendo 3 sociais-democratas, um socialismo light e 1 partido assumidamente de esquerda. A Constituição de 1988 foi concebida por uma Assembleia Constituinte, formada majoritariamente por políticos de esquerda e tudo isso ocorreu, em um país com população majoritariamente conservadora nos costumes e liberal na economia.
Os chamados políticos de direita ficaram por 30 anos dando foco total no liberalismo econômico, aceitando, porém, que o governo fosse extremamente intervencionista na economia e nos costumes, aceitando a agenda cultural da esquerda, chegando ao ponto de terem vergonha de se autodenominarem, de Direita.
A maioria silenciosa do Brasil, como a grande maioria das sociedades ocidentais, fundamentada na moral judaico-cristã, no direito romano e na filosofia grega, foi às ruas e uma nova realidade apareceu no Brasil, finalizando com a eleição de Jair Bolsonaro para Presidente da República, um político sem muita convicção no liberalismo econômico, mas assumidamente, conservador nos costumes.
Desde o período eleitoral Jair Bolsonaro sofre quase que diariamente diante de uma oposição metódica de grande parte dos políticos, do meio artístico e da mídia, a todo momento querendo tirar ele do cargo.
A esquerda sabe jogar o jogo e já começou a mirar em 2022 com algumas ações táticas, tais como, usar a influência da cantora Anitta sobre os seus 14 milhões de seguidores, fingindo ar de ignorância sobre política, mas muito interessada em querer saber sobre o assunto e o youtuber Felipe Neto, sobre os seus 38 milhões de seguidores, protagonizando discussões políticas e sendo acariciado pela mídia tradicional, tudo isso em busca dos corações e mentes dos eleitores mais jovens.
Sua aprovação faz com que ele continue firme para uma possível reeleição, porém, se a Direita deseja realmente mudar o jogo, deverá encarar o seu maior desafio: trocar as manifestações de rua pela ocupação da mídia tradicional, das universidades, do deep state e transformar a cultura do país.

segunda-feira, 18 de maio de 2020

A AIDS e o COVID-19

Aumento de casos de AIDS no Brasil alerta para esquecimento da doença


A Aids surgiu no Centro Oeste da África no início dos anos 80 e logo se espalhou pelo mundo matando mais de 50 milhões de pessoas, entre elas ícones nacionais e mundiais, tais como Cazuza e Fred Mercury.
Apesar do cuidado e determinação de todos os agentes de saúde e cientistas do Brasil e do mundo, só no ano de 2020 tivemos até agora 634 mil óbitos por causa do HIV, o dobro do número de óbitos do COVID-19 (315 mil).
Hoje em dia temos 41 milhões de pessoas infectadas com o vírus da Aids no mundo, número quase 10 vezes superior aos infectados pelo Coronavírus (4,7 milhões de pessoas) e, enquanto não temos a cura definitiva da Aids, já tivemos 1,9 milhões de pessoas recuperadas do COVID-19.
O Brasil se tornou referência no tratamento da Aids reduzindo a velocidade de disseminação do vírus HIV através da distribuição gratuita de medicamentos e de preservativos e adotando campanhas educativas permanentes.
Enquanto qualquer brasileiro pode ir a uma unidade de saúde pública e realizar gratuitamente um exame para saber se tem ou não o vírus HIV, exames de COVID-19 são comercializados por quase R$ 500!
O que podemos notar é que mesmo diante de toda essa mortalidade e gravidade da Aids em comparação com o COVID-19, em quase 40 anos de combate a essa doença, os governos não obrigaram as pessoas a viverem de acordo com as suas determinações, não invadiram a individualidade das pessoas, empresas não quebraram e não tivemos um oceano de dinheiro público sendo desviado pela classe política.
O desrespeito das autoridades em relação a população, seja no seu direito constitucional de ir e vir, seja no seu direito de liberdade de escolha em ser tratado pelo medicamento que algum médico entenda como eficaz, faz com que a população a cada dia que passa, desconfie ainda mais das reais intenções das autoridades no tratamento dessa questão.
A politização da doença na Organização Mundial de Saúde, na mídia do Brasil e do mundo e a insistência em não substituir as medidas restritivas severas pelo fortalecimento de medidas educativas, faz com que a solução do problema fique cada vez mais longe e muito mais lucrativo para alguns.
Por causa da pobreza de espírito de muitos governantes, o mundo certamente empobrecerá por causa das medidas adotadas e teremos mais mortes.
Ao final de todo esse drama tenho certeza que todos perceberão que mais letal do que o Coronavírus e do que o vírus HIV, é o vírus do egoísmo, que coloca projetos de poder e dinheiro acima da vida das pessoas.  

segunda-feira, 11 de maio de 2020

2022 de acordo com a visão dos profissionais de marketing político

CAMP - Clube Associativo dos Profissionais de Marketing Político ...

Em 2018 alguns profissionais de marketing político tiveram a ambição de criar um grupo formado apenas por profissionais com formação acadêmica comprovada, experiência em gestões públicas e eleições em nível no mínimo estadual e, principalmente, que não tivesse sendo acusado de crimes.
O objetivo principal era diferenciar o seu trabalho e sua história de outros profissionais que, infelizmente, se envolveram em crimes eleitorais e financeiros.
Essa depuração era importante, afinal, o profissional de marketing político nada mais faz do que tentar diferenciar o seu “produto”, o político, dos demais para fazer com esse seja conhecido, reconhecido, votado e por fim, quem sabe, eleito.
O pequeno grupo inicial se transformou no CAMP – Clube Associativo de Marketing Político, com reconhecimento internacional e para mostrar que a entidade tem valores muito acima do desejo de defender a sua classe e seus profissionais, seus membros criaram um código de ética, com vários regramentos, sendo um deles a punição para quem cometa alguns desvio dentro de sua função demonstrando sua verdadeira intenção de colocar a democracia acima de tudo.
Após 2 anos de existência, o CAMP realizou uma pesquisa com seus membros para entender entre vários assuntos, para analisar a possibilidade de 20 personagens políticos para vecer as eleições de 2022.
De acordo com a visão desses profissionais com tanta experiência em eleições, Sérgio Moro e Jair Bolsonaro são os políticos com maior potencial de vencer as eleições.
É claro que ainda estamos muito longe de 2022 e que o cenário pode mudar de forma radical até lá, porém, notamos que de acordo com a visão desses profissionais, os candidatos de Direita e Centro-Direita tem 38,2% de potencial de vencer as eleições, caso elas fossem hoje, contra 37,8% dos candidatos de Esquerda ou Centro-Esquerda, ou seja, o 2º turno de 2022 seria mais do mesmo.

domingo, 10 de maio de 2020

Nem "Mortadelas" nem "Minions"

Mortadela – Wikipédia, a enciclopédia livre


Nesse processo de polarização em que vive o Brasil atualmente, uma frase vem cada vez mais sendo falada pelas pessoas: “Os Bolsonaristas estão iguais ou piores do que os Petistas!”
Essa frase tenta expressar o sentimento de que os apoiadores de Bolsonaro se tornaram tão ou mais fanáticos do que os apoiadores do PT, sendo muito críticos com aqueles que se colocam contra Jair Bolsonaro e condescendentes com os erros ou exageros do Presidente.
As esquerdas sempre tiveram capacidade invejável de mobilização no Brasil e no mundo, porém, após as manifestações de 2013 aqui em nosso país, as ruas foram perdendo o tom vermelho e foram ganhando os tons verde e amarelo e essa tendência parece não mudar tão cedo.
Os partidos de esquerda, juntamente com os sindicatos e outras organizações sempre apoiaram financeiramente e operacionalmente as manifestações em prol de seus objetivos de forma aberta. Universitários, funcionários públicos, intelectuais e artistas somavam-se às pessoas mais simples dando maior volume às ruas e, a distribuição de lanches para alguns desses manifestantes, acabou resultando na alcunha de “Mortadelas”.
Com a saída do PT do governo e a redução de recursos para os sindicatos, a capacidade de mobilização das esquerdas parece ter sido completamente anulada.
Já os apoiadores de Bolsonaro têm perfil completamente diferente, misturando militares, policiais militares, evangélicos, movimentos conservadores, empresários e brasileiros comuns que são em sua maioria conservadores nos costumes e que possuem capacidade financeira, operacional ou intelectual para promover ou participar de manifestações.
As redes sociais foram tomadas por essas pessoas e movimentos que se mostram muito organizadas e não se furtam em partir para cima daqueles que de alguma forma possam prejudicar o Presidente e seu governo.
Os apoiadores de Bolsonaro, apelidados de “Bolsominios”, defendem seu líder, pois não visualizam nenhum tipo de desvio ético grave na condução de seu governo e a falta de outros nomes com imagem ilibada e patriotismo, faz com que ele, continue resiliente a todos os problemas que aparecem em seu caminho.
Todos temiam que a prisão de Lula pudesse ser o estopim de uma nova revolução no Brasil, o que não aconteceu. Afinal, o seu exército perdeu a tal capacidade financeira como citei anteriormente, diferentemente da base de Bolsonaro, que vem demonstrando não aceitar de forma alguma um possível afastamento do Presidente do cargo.