segunda-feira, 19 de agosto de 2019

Eleições Argentinas, Lições ao Brasil

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Em 11 de agosto ocorreram na Argentina as prévias eleitorais, conhecidas como PASO. Essa prévia costuma funcionar como termômetro para as eleições oficiais de 1º turno que ocorrerão em 27 de outubro de 2019.

A vitória da chapa formada por Alberto Fernandéz e ex-presidente Cristina Kirschner sobre a chapa do atual Presidente Mauricio Macri não surpreendeu, pois, as pesquisas já apontavam a isso, porém chamou a atenção a diferença de mais de 15 pontos percentuais entre as duas principais chapas.
A situação quase irreversível traz algumas lições aos políticos e governantes brasileiros.
Na campanha de 2015 Mauricio Macri prometeu reduzir a pobreza com um governo com tendências mais liberais dando assim, um impulsionamento na economia.
Porém, após 4 anos, sua decisão de investir em grandes obras, principalmente na capital Buenos Aires acabou se mostrando negativa para a sua reeleição agora em 2019.
Uma frase muito ouvida na Argentina nessa eleição de 2019 contra Macri é: “Nós não comemos asfalto! ”
A população ainda mais empobrecida, desempregada, invadida por um número cada vez maior de viciados em crack, aumento da violência e insegurança e principalmente de pessoas com maior vulnerabilidade social, trouxeram saudades dos tempos de Cristina Kirscher que se colocou como vice na chapa de Alberto Fernandéz devido as inúmeras acusações de corrupção.
Aqui fica uma questão e uma lição:
Como uma população prefere votar em uma governante que após 4 anos de mandato de seu marido Néstor e 8 anos de seus 2 mandatos, marcados por decisões absurdas, fraude de dados oficiais, assistencialismo desenfreado, perseguição a imprensa (fez de tudo para fechar o periódico Clarin!), endividamento do país e por fim, um possível envolvimento na morte do procurador Alberto Nisman após ser denunciada por ele por encobrimento de terroristas no caso AMIA?
Entendo que aqui cabe um recado aos governantes brasileiros e não será nada inédito, afinal, o grande estrategista político James Carville já havia exposto em 1992 ao então candidato Bill Clinton em sua frase célebre: É a economia, estúpido.
Pessoas trabalhando se sentem honradas e querem manter essa situação e logo têm medo de mudanças.
Paulo Guedes já está à frente da economia brasileira há quase 1 ano e os reflexos precisam aparecer, para assim acalmar as pessoas e os políticos opositores.
E por falar em asfalto, só a melhora da economia brasileira será capaz de pavimentar o caminho de Bolsonaro à reeleição!


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