segunda-feira, 16 de dezembro de 2019

Boris Johnson e a natureza humana

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No dia 12 de dezembro, o Partido Conservador do Reino Unido conquistou 364 cadeiras no Parlamento Inglês, 38 a mais do mínimo necessário para aprovar suas medidas. Essa foi a vitória mais expressiva dos Conservadores nos últimos 40 anos. Em compensação, o Partido Trabalhista, seu maior adversário, ficou com apenas 203 cadeiras, o menor número da história desde 1935.
Esse resultado abre as portas para a saída do Reino Unido da UE defendido pelo Primeiro-Ministro Boris Johnson do Partido Conservador.
Mais uma vez, “Especialistas” do mundo todo confundiram o seu desejo pessoal e ideológico e já anunciavam a derrota do Partido Conservador, restando a eles agora, a explicação simplista de que Johnson conquistou votos devido ao seu carisma pessoal.
Eu venho demonstrando há anos que toda vitória eleitoral está mais ligada a natureza humana do que a qualquer outro aspecto.
Entender como pensa cada pequeno espaço de um território, identificar os desejos e as angústias das pessoas por sexo, faixas de renda, faixas etárias, condensando todos esses dados e depois minerando-os, usando tecnologia como apoio, mas analisando tecnicamente aos olhos nus em busca de respostas é o único caminho.
O revolucionário Big Data tenta a todo momento retirar informações do nosso comportamento digital, onde todos nós, não somos 100% nós, e por isso, jamais serão capazes de explicar os desejos escondidos dentro dos corações dos eleitores.
A simples análise do gráfico de barras de intenção de votos da eleição do Reino Unido demonstrava que o Partido Conservador tinha grande chance de sucesso!
Enquanto os Conservadores obtinham mais votos conforme aumentava a faixa etária, os Trabalhistas perdiam, formando um “X” quase perfeito e, apesar do discurso fácil e estridente da juventude, pessoas acima de 45 anos têm mais compromissos cívicos e em um país onde o voto não é obrigatório, isso faz muita diferença.
“Especialistas” não perceberam que o mundo está ficando mais velho e velhos buscam por equilíbrio, sossego, justiça, um relacionamento humano estável, aconchego e paz. Muito diferente dos jovens e pessoas mais velhas que ainda não acharam um sentido para sua vida, que amam a vida transviada de revolucionários e são capazes de terceirizar esse seu desejo revolucionário até mesmo para uma garota sueca de 16 anos.
A vitória de Boris Johnson e tantos outros conservadores em todo o mundo demonstra que o mundo não quer revolução. Quer evolução!
Conservadorismo não é um espectro político, mas uma resposta natural dos seres humanos às mudanças propostas por revolucionários progressistas!

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