segunda-feira, 25 de novembro de 2019

As segundas intenções de Rodrigo Maia

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Com ares de pré-candidato à Presidência da República em 2022, o Presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, anunciou no dia 19 desse mês uma nova agenda legislativa, com foco no desenvolvimento social do país.
Conforme sua declaração, a intenção é propor uma série de medidas visando o combate à pobreza e a desigualdade entre as classes.
Essa agenda de desenvolvimento social terá 5 eixos: garantia de renda, inclusão produtiva, rede de proteção ao trabalhador, incentivo à governança responsável com uma Lei de Responsabilidade Social e promoção de acesso à água e ao saneamento.
Maia sofre da mesma doença incurável da grande maioria dos políticos brasileiros e mundiais que acreditam que só eles e suas canetas azuis são capazes de transformar o mundo e as pessoas.
Eles se esquecem que quem sustenta o castelo dourado em que vivem são milhões de trabalhadores e empresas que trabalham 24 horas por dia para tentar levar uma vida digna, enquanto, em Brasília, por exemplo, se concentram riquezas pessoais e de castas privilegiadas da República.
Garantir renda através do Estado só será possível se o Estado reduzir o seu tamanho, ou seja, se o fundo partidário bilionário, por exemplo, deixar de existir. E se Ministros do STF tiverem menos regalias e tantos outros benefícios, para quem sabe assim, sobrar um pouco para quem não tem.
Se Maia tem a intenção de promover proteção ao trabalhador, basta deixar de intervir no relacionamento entre trabalhadores e empresários. Ambos têm os mesmos objetivos: viver de forma digna. Cada vez mais temos empresários com menos dinheiro e o número de desempregados insiste em reduzir lentamente.
E o que seria afinal uma Lei de Responsabilidade Social? Empreendedores e trabalhadores, se têm a intenção de ajudar o próximo, não precisam repassar dinheiro ao governo para que ele, depois de toda a cara burocracia estatal, indique o seu destino! Esse certamente é o “pedágio” mais caro do mundo!
Maia não deve saber, mas cada vez mais as empresas adotam o Capitalismo Consciente e cada vez mais os brasileiros fazem o que o governo deveria fazer em todas as áreas, principalmente no social.
Ao falar sobre promoção ao acesso a água e ao saneamento básico, Maia deveria se ruborizar! A vergonha de termos metade da população vivendo em condições degradantes e insalubres não parece ter chamado a atenção de Maia em seus 30 anos de atuação política.
Maia é um político muito experiente e inteligente e, todas as atitudes tomadas por ele são muito bem pensadas. Passar a coordenação dessa agenda social para a jovem deputada Tábata Amaral de São Paulo deixa clara a intenção de trazer ares de novidade e credibilidade ao seu projeto. Tábata tem uma bonita história de vida e tem uma imagem de serenidade e seriedade e na minha opinião será usada para um projeto maior de Maia.
A busca por protagonismo no ambiente político e a necessidade de ter soluções sensacionais com o dinheiro público atrasam casa vez mais o país e, medidas como as propostas por Maia não resolvem as desgraças brasileiras, mas apenas eternizam a pobreza do Brasil. E Maia sabe disso!
Por isso, não precisamos ser muito inteligentes para notar que algo está por de trás das boas intenções do Presidente da Câmara em um momento em que as cobranças aumentam contra o judiciário e aprovação de leis que vão contra a impunidade no Brasil têm tanta evidência.
Mais uma vez, uma causa nobre será usada para uma causa podre!

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