segunda-feira, 22 de julho de 2019

O discurso de Bolsonaro

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Bolsonaro venceu as eleições com 55 milhões de votos.
Seus eleitores se dividiram em 4 grupos: Os Liberais que confiavam no seu discurso de mais Brasil e menos Brasília, os Conservadores com o discurso de Brasil acima de tudo e Deus acima de todos, os antipetistas cansados dos 13 anos de Governo do PT e os Lava Jatistas, cansados da corrupção no país.
Uma parcela desses 55 milhões de eleitores se tornaram eleitores fiéis a Bolsonaro o defendendo mesmo em ocasiões questionáveis como na indicação de seu filho Eduardo para Embaixador nos EUA ou do policial Queiroz, assessor de seu filho Flávio.
Manter os 55 milhões de eleitores do seu lado e tentar buscar parte dos outros 45 milhões que votaram sem muita convicção em Fernando Haddad deveria ser sua missão. Pois, com todos esses eleitores em sua defesa, o seu governo terá maiores chances de sucesso. O Congresso, apesar de todas as críticas, não gosta de enfrentar as ruas.
Para que isso aconteça, Bolsonaro deve buscar rapidamente melhorar a economia e a sua comunicação com o povo brasileiro.
Quando falamos de economia, o Governo de Jair Bolsonaro vem tendo grandes dificuldades. O sentimento de desalento é cada vez maior entre empresários e desempregados, a aquela confiança no novo governo começa a se transformar em apenas esperança e o próprio Presidente tem dificuldades em defender medidas tão importantes para destravar o país, como foi o seu posicionamento pessoal na Reforma da Previdência, indicando a manutenção de privilégios de algumas categorias.
Quando falamos em Comunicação, Bolsonaro insiste na tática de se pronunciar pelas redes sociais ou falando de improviso, ignorando que a grande maioria dos eleitores se informa e confia mais nos meios de comunicação tradicionais tais como o jornal, rádio e principalmente a TV, e que a sua fala tem peso incomensurável.
O relacionamento conflituoso de Bolsonaro com a grande mídia o impedem de mostrar as boas medidas realizadas por seu Governo e, em contrapartida, todo e qualquer deslize não é perdoado.
O conteúdo de sua comunicação e a forma de se comunicar devem mudar rapidamente e drasticamente, pois da forma que está, Bolsonaro deixa de falar com os brasileiros para falar apenas com os Bolsonaristas, seus eleitores fiéis.
E quando falamos em eleitores fiéis, Bolsonaro deveria se espelhar no exemplo de sua antecessora, Dilma Rousseff, que viu a fidelidade de boa parte de seu eleitorado reduzir em poucos meses, restando a ela, apenas os petistas fanáticos.

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