Bolsonaro venceu as eleições com
55 milhões de votos.
Seus eleitores se dividiram em 4
grupos: Os Liberais que confiavam no seu discurso de mais Brasil e menos
Brasília, os Conservadores com o discurso de Brasil acima de tudo e Deus acima
de todos, os antipetistas cansados dos 13 anos de Governo do PT e os Lava
Jatistas, cansados da corrupção no país.
Uma parcela desses 55 milhões de
eleitores se tornaram eleitores fiéis a Bolsonaro o defendendo mesmo em
ocasiões questionáveis como na indicação de seu filho Eduardo para Embaixador
nos EUA ou do policial Queiroz, assessor de seu filho Flávio.
Manter os 55 milhões de eleitores
do seu lado e tentar buscar parte dos outros 45 milhões que votaram sem muita
convicção em Fernando Haddad deveria ser sua missão. Pois, com todos esses
eleitores em sua defesa, o seu governo terá maiores chances de sucesso. O
Congresso, apesar de todas as críticas, não gosta de enfrentar as ruas.
Para que isso aconteça, Bolsonaro
deve buscar rapidamente melhorar a economia e a sua comunicação com o povo
brasileiro.
Quando falamos de economia, o
Governo de Jair Bolsonaro vem tendo grandes dificuldades. O sentimento de
desalento é cada vez maior entre empresários e desempregados, a aquela confiança
no novo governo começa a se transformar em apenas esperança e o próprio
Presidente tem dificuldades em defender medidas tão importantes para destravar
o país, como foi o seu posicionamento pessoal na Reforma da Previdência,
indicando a manutenção de privilégios de algumas categorias.
Quando falamos em Comunicação, Bolsonaro
insiste na tática de se pronunciar pelas redes sociais ou falando de improviso,
ignorando que a grande maioria dos eleitores se informa e confia mais nos meios
de comunicação tradicionais tais como o jornal, rádio e principalmente a TV, e
que a sua fala tem peso incomensurável.
O relacionamento conflituoso de Bolsonaro
com a grande mídia o impedem de mostrar as boas medidas realizadas por seu
Governo e, em contrapartida, todo e qualquer deslize não é perdoado.
O conteúdo de sua comunicação e a
forma de se comunicar devem mudar rapidamente e drasticamente, pois da forma
que está, Bolsonaro deixa de falar com os brasileiros para falar apenas com os
Bolsonaristas, seus eleitores fiéis.
E quando falamos em eleitores
fiéis, Bolsonaro deveria se espelhar no exemplo de sua antecessora, Dilma
Rousseff, que viu a fidelidade de boa parte de seu eleitorado reduzir em poucos
meses, restando a ela, apenas os petistas fanáticos.
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