Em 2015 escrevi um texto que intitulei
como O Pêndulo Social.
Nele explicava de forma didática que os governos que
sucederam a Constituição de 88, em nome da tal justiça social, foram aumentando
o seu tamanho, a sua influência na vida das famílias e das pessoas e consequentemente os
impostos.
As manifestações de junho de 2013
deixavam claro que a forma abrupta que esses governos elevaram o pêndulo social
para o lado esquerdo do espectro político faria com ele voltasse de forma tão
violenta que não haveria nenhum personagem político capaz de segurá-lo no
centro.
Naquele momento, notávamos o
desejo dos eleitores por um personagem que ainda se construía, no caso, Jair
Bolsonaro.
Hoje o que percebo é que após
eleger Bolsonaro com sua agenda conservadora nos costumes e liberal na economia
(sem muita convicção), a população começa a farejar outros atores políticos que
tenham as virtudes desejadas para um Presidente, tais como: ter foco no principal problema do país, a segurança pública, não estar envolvido em corrupção, ser liberal na economia e ser conservador nos costumes, porém de
forma menos combativa, que busque apaziguar a sociedade.
Faço essa introdução, pois sei
que os políticos não fazem política com os olhos no retrovisor. Eles miram
sempre muito a frente e perceberam que a peça que se encaixa perfeitamente no
quebra-cabeça da cabeça do eleitor é Sergio Moro.
Políticos de esquerda tentam
fritá-lo por motivos ideológicos, porém, o tal Centrão e também políticos da
direita, já se incomodam com a predominância natural de Sergio Moro.
Por isso, o processo de fritura
não se deve ao fato dele ter sido o ator principal da tal criminalização da
política, mas sim por ser desde já o principal candidato as eleições de 2022.
Se a reeleição for mantida e Jair
Bolsonaro tiver um governo com aprovação acima de 40% no início de 2022, ele concorrerá
à reeleição. Porém se houver algum tipo de obstáculo no caminho, Sergio Moro
estará a postos.
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